quarta-feira, 4 de março de 2009

Bebâdo



Naquele dia ele acordou mais cedo, tinha deixado à janela aberta e o sol batia em seu rosto as 8:00, ele levantou um tanto irritado, fechou a janela e tentou durmir de novo e não conseguiu. Desceu as escadas daquele apartamentinho no qual ele vivia, e saiu para a rua. Andando mais ou menos duas quadras disse bom dia ao sol, como ele fazia de custume, mal sabia o que o aguardava daquele dia inteiro. Virou a esquina, falou com o desconhecido, tentou vender o teu produto mais foi em vão. O bar abriu as 10:00 antes que o dono colocasse o primeiro pé dentro do estabelecimento lá estava ele, com um pouco de enxaqueca, um remédio no bolso, na mão uma maleta, e pela boca ele pedia uma caprichada. E ficou ali até ser expulso.
Ele ainda se sentia o fracassado, porque não tinha vendido o tal produto, mais não é só por isso. Há menos de três meses, ele era um cara feliz, com uma família, trabalho, e dinheiro, ele tinha parado de beber, ate que um dia brigou com a mulher e saiu de casa naquela noite, foi encher a cara em qualquer lugar, ainda não sabe aonde ele foi, e nem o mesmo se lembra. Bom depois disso, caiu no vicio, perdeu a família, o emprego porque sempre chegava atrasado, sem gravata, com cheiro de álcool, é claro que o chefe dele não aturou isso, mesmo ele sendo muito competente. Quando o sol se punha no horizonte e ele deitava no lixo, bêbado, trêbado, e achava que era a sua cama, e com o um dos sacos de lixo ele achou que estava em casa, que estava abraçado com sua mulher. Pelo menos nos sonhos e se sentia descente.
13.novembro.2009