quinta-feira, 23 de abril de 2009

Giros



Semanas que não passaram. E isso vai além da minha mente que funciona como uma rotatória, na qual um otário não sai dela nem por determino da lei. Há uma menina que sempre me espera na décima segunda volta por algum motivo ela sempre me observa. Um tipo de amor, no qual ainda não me acostumei e eu, aqui girando sem parar esperando ela apenas chegar. Com um sorriso nos lábios me convidando pra mais algumas voltas, pra que ela se eternize na minha mente até o próximo instante. Ela me enobrece de uma maneira sem fim. Com um sorriso leve, com um olhar calmo, me chamando pra um chá, e uma conversa na qual eu não estaria habituado.
Sou um ator, que finge gostar do trabalho de doze horas por dia, todos os dias da semana, e por isso eu apenas fico nessa rotatória que é meu trabalho e minha mente que só pensa no mesmo. Acho que ela é um tipo de sinal divino. Uma chuva de verão bem no final da tarde, bem na hora que você está vendo o sol aparece o arco-íris, pra te lembrar do quanto à vida é boa e um sorriso não é uma sacristia. É o tipo de papo “ei agora meu amigo, você tem uma vida pra viver e não para enterrar nas papeladas que te deixam maluco”.
E por mais que eu queria sair da rotina, há algo que me prende. Por um segundo me sinto longe das voltas e voltas, e quando penso no alivio a roda gira, e me coloca bem no centro dela, me obrigando para que fique ali, com os papeis no rosto, a cabeça lá fora, a coluna em petição de miséria, e o único desejo: parem de girar.
Me enlouqueço a cada dia em plena sete horas da manhã, o despertador grita tanto que até meu vizinho acorda, falando vai a rotatória, teu dever te chama, ele está lá te esperando de braços abertos, pois você é um ótimo escravo e apenas por isso você não sai da roda que gira-gira-gira. E sabe, eu até já tentei e consegui fugir dessa vida de maluco, uma vez na vida, e pra minha desalegria a tal menina não apareceu. Acho que às vezes é preciso comer um pouco de jiló para que você possa provar o quanto é doce o sabor do teu sorvete favorito.
Hoje me perco em minha rotina, me achando em um belo e simples sorriso. E logo eu, um empresário que sempre me importei com grandes negócios, tudo em proporções maiores na qual deveria girar o olhar, ir de norte á sul pra olhar apenas um objeto de minha autoria.
Um ator, um empresário apenas mais um fracassado.
05.abril.2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Hoje não.. existe

Eu não nasci, eu não vivi e não morri. Eu não bebo, não mato, não fumo. Não faço tantas coisas que as vezes...
Pulo faixas da vida. Não faço lição, não sou boa aluna e quem te rótula? Não gosto de viajar, não gosto de ficar no cais. E com quantos rapazes você já ficou? Quero talvez um dia, saber o quanto a vida é grande e nobre. E talvez eu abra uma poupança e apenas compre-a. Para facilitar. Facilitando a vida. Perdendo a real saída. Dizendo não, pros meus erros, atritos e meus aflitos de pequena menina. Hoje não faço mais nada. Hoje não penso em mais nada. Hoje nem é hoje. Hoje eu espero o amanhã. E quem sabe se no amanha eu quero o hoje. A minha vida desregrada é assim. O meu coração conturbado, ó ta batendo aqui. Hoje não tem data. Hoje não tem nada. Hoje é um dia frio. Hoje eu me calo. Hoje talvez seja a pequena madrugada. Ou talvez minha vida assim, meio que arremessada. Nem quero entender no contexto que eu me enquadro. Hoje eu só quero retângulos. Hoje eu só quero luzes. Hoje eu só quero circunferências. Hoje eu não quero mais nada. Hoje a felicidade já está completa. Ou nem encheu um pouco para aparecentar sua falta. Hoje não é hoje. E talvez amanhã eu queria o agora. E talvez seja tarde, e eu nem saiba disso.
Mas eu acho que o hoje não existe. É minha vida desregrada é apenas assim. Louca, confusa, muda. Doida, maluca, cabeçuda. Adjetivos que são fáceis pra me classificar.Mas hoje eles nada podem revelar.

16. abril.2009

domingo, 12 de abril de 2009

O sol




Bom dia, o sol já está no meio do céu.
E o ponteiro no meio do relógio.
Hoje é um dia normalmente incomum.

Quero que continues aqui comigo, a cada dia.
Para que abra os braços quando a chuva começar.
E que me assopre quando fizer muito sol e o calor se tornar insuportável.
Hoje peço uma certa coisa para o silio que acabou de cair.

É eu gosto assim mesmo de você
De uma maneira diferente, na qual sei que tem mais coisas pra vir.
Hoje não vamos assistir filme de amor.
Vamos á um de terror e depois um de bang-bang.
Fazendo academia no cinema.

Dando leves cochilos naquele abraço sem fim.
Estou virando um tipo de poeta na qual não me identifico.
Mas eu aprecio, e você o que aprecia?

Há dias que não tem fim.
E aqueles que vão como um avião no céu.
Hoje tem uma blusa na minha cama, me chamando pra um abraço.
Uma boa noite de sono e um dia quero substituí-la.
E que isso não demore muito.

Porque eu acho que os nhoques, tem um certo prazo não é?
Sei muito bem que são fases da pequena e linda adolescência.
Onde muitos se acham e muitos se perdem.
E eu, estou bem no meio disso!

Me perco e nem sei o que falar, e por isso apenas me calo.
Me acho pois não vejo a hora de morar ali, com umas árvores mais próxima de você.
Estou sendo Caxias, mas talvez não haja melhor maneira de se expressar.
Te agradeço a cada momento, e peço para que fique mais.
Pra que eu possa mais uma vez agradecer e renovar mais um pedido.

Hoje muitas palavras = a poucas.
Hoje presente – meu pensante – futuro.
Não se esqueça do quanto gosto de você. E não fique tão abismado com os versos acima.
Talvez seja apenas palavras, porque meu Speedy queimou, ou talvez seja o mais puro desejando gritando por um pouco de espaço.
Eu te amo e só às vezes percebo o quanto isso é significante e o tanto é tua proporção.
05.abril.2009